Presença de aflatoxinas no alimento, cama e fígados de frangos de corte e sua correlação com os parâmetros de produção.

Sumário
A aflatoxicose tem causado preocupação pública, devido aos efeitos provocados pelas rações contaminadas sobre a saúde das aves e à transmissão de resíduos tóxicos para a carne, leite e ovos, resultando num potente risco à saúde humana. O objetivo do presente estudo foi quantificar os níveis de atlatoxinas presentes em rações, em camas de aviários e em figados de frangos de corte de uma integração avícola do Estado do Rio Grande do Sul, correlacionando diferentes níveis com os parâmetros de produção. Além disso, foi testada a utilização de "kits" comerciais que empregam anticorpos monoclonais medidos pelo ensaio imuno-enzimático (ELISA) para detecção de aflatoxinas diretamente do organismo das aves. Os resultados demonstraram que há uma tendência de produção de aflatoxinas em rações armazenadas nos aviários, nas quatro estações do ano. A freqüência de contaminação por aflatoxinas de amostras de fábrica foi de 87,50%(154/176), com média de 7,42ppb, e nas de campo, de 95,31% (122/128), com média de 8,27ppb, representando um aumento de 11,45% sobre o nível inicial da toxina antes da estocagem do alimento nas granjas. Também foi detectada a presença de aflatoxinas em fígados de frangos de corte criados a campo (analisados 432 figados). As concentrações encontradas variaram de 0,54ppb, na primavera, a 2,41ppb, no outono. Os resultados encontrados em 252 amostras de camas evidenciam que há uma constante produção de aflatoxinas em todas as estações do ano, com níveis baixos. Rações, camas e fígados, quando corretamente analisados, são muito valiosos para o equacionamento do problema das aflatoxinas, resultando numa melhor produtividade dos plantéis e num alimento com menor risco à saúde pública (CNPq)

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